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Especialista explica quais são os benefícios do adestramento de cães

Da Redação 

O adestramento doméstico é uma das opções para melhorar a relação do cão com o dono. Mas não se apegue ao mito de que os animais só aprendem com facilidade quando são filhotes. Não há restrição de idade quando o assunto é buscar formas de melhorar o convívio social . Quem explica isso e muito mais é o adestrador André Rosa, da Animal Placebo. Confira a entrevista:

1 – Qual o objetivo do adestramento?

O adestramento tem como objetivo estreitar a relação entre o cão e o tutor, além de trazer muitos benefícios para todos que convivem com o cão e o ambiente por onde ele passa. Ele se torna um cachorro mais equilibrado e feliz, sendo melhor aceito pela sociedade.

2 – Como ele pode contribuir para melhorar o comportamento do cão?

O adestramento contribui de diversas maneiras, o cão se torna equilibrado, faz a necessidade no lugar certo, fica calmo na presença de outros cães e das visitas e o dono por sua vez acaba sabendo como se comportar melhor diante do cão, dessa forma ele vai conseguir um resultado eficaz nesse elo entre cão e tutor, auxiliando assim um melhor convívio onde todos ganham, o ambiente, a família, a casa, as visitas, os vizinhos, etc.

3 – Essa prática pode prejudicar o animal de alguma forma?

Para evitar problemas e conseguir um resultado positivo e satisfatório no adestramento de seu cão, é importante contratar um bom profissional, verificar seu histórico e se possível qual o resultado e nível de satisfação dos clientes que já utilizaram os serviços desse treinador. Sendo assim, o adestramento vai trazer muitos benefícios e será muito positivo para o animal e seus tutores.

4 – Quais os principais cuidados a se tomar?

O primeiro ponto é que, ao introduzir um novo membro pet na família, temos que ter plena consciência da posse responsável e entender que todos nós necessitamos de algumas guias psicológicas e uma melhor organização e ordem para viver e conviver em sociedade, e com os cães não é diferente. Sabendo isso, ao acolher um pet em seu lar é muito importante fazer uma escolha inteligente e responsável dos profissionais que irão fazer parte de sua vida desde o seu primeiro dia no novo lar.

5 – Qual o papel do dono do cão neste processo?

É essencial o papel do dono nesse processo, o que acontece é que muitos profissionais ao adestrar o animal não transfere ao dono o método e a responsabilidade no sucesso da educação do cão, como realmente lidar com o cachorro, e ao se retirar do processo de educação levam consigo todo o conhecimento, fazendo com que ao longo do tempo o cachorro volte a repetir os mesmos comportamentos do início, por isso muitas pessoas não acreditam nesse processo, fazendo com que o adestramento seja uma opção descartada pelos donos.

6 – O adestramento é indicado para todos os cães? Qual a melhor idade para iniciar os treinamentos?

Sim, é indicado e muito importante adestrar todos os cães de todas as raças e em qualquer idade, nunca é cedo para iniciar o processo de educação e nunca é tarde para adestrar um cão. A maioria das pessoas acreditam que os cães mais velhos não podem aprender, mas costumo dizer que cachorro velho também aprende truques novos.

7 – Quanto a cães bravos e antissociais, existem comportamentos típicos de determinadas raças ou se trata apenas da forma como o cão é educado?

Em relação a cães bravos ou agressivos, na verdade se trata muito da forma como o dono cria e educa. Não existe cão bravo e cão agressivo e sim, um tutor que não sabe lidar com determinado comportamento. Em minha opinião, só existem cães mal educados.

Existem cães que pedem mais gasto de energia que com atividade física e mental é possível melhorar seu comportamento, mas quando não são bem direcionados vemos como resultado os comportamentos mais agressivos.

8 – É correto que o cão seja submisso ao dono, enxergando-o como o líder?

No meu ponto de vista o cão não tem que ser submisso ao dono, o cão tem que ser equilibrado e inclusive é importante que em alguns contextos o cão seja líder, como por exemplo, um cão de guarda. Às vezes ele pode tomar a iniciativa de latir, por exemplo, e isso faz com que o dono fique atento.