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Edição Semanal

Ricardo Velasco, em clima de Bossa Nova

*Por Jhessica Paixão

Fotos: Sérgio Ricardo


Arquiteto formado há 20 anos pela FAUS da Universidade Católica de Santos, Ricardo Velasco assina desde ambientes na área de interiores, ao paisagismo. Para a edição da Revista Mais Santos Online desta semana, ele contou todos os detalhes sobre as cores, estampas e toques de brasilidade de seu espaço na 20ª mostra Santos Arquidecor.

Conte um pouco a respeito da sua trajetória profissional. Você já participou de outras mostras, não é?

Logo que me formei, fui para São Paulo. Moro na Vila Mariana, mas, por ser santista, há 4 anos acabei comprando um apartamento aqui em Santos e me divido atendendo no 013 e 011. Aqui, fiz a CASACOR Litoral Ilha Porchat, que foi logo quando comprei meu apartamento. Foi super positivo para mim, um evento que me projetou bastante com os fornecedores, colegas de profissão e com a mídia. Foi fenomenal! E de lá pra cá, eu tenho muitos trabalhos aqui também, além de São Paulo.

Fale um pouco a respeito do conceito ‘Bossa Nova’.

A bossa nova vai além de um estilo musical, é mais uma estética que representa brasilidade! É uma coisa nostálgica, que nos representa até hoje no mundo com muita excelência e elegância. Não é uma coisa bairrista. A bossa nova nos representa de forma muito ímpar. O conceito bossa nova na estética, traz essa nostalgia dos anos 60, acaba brincando com cores, e brasilidade, a mata atlântica, além de muitas coisas brasileiras e cariocas. Como foi feita a escolha dos materiais e da cartela de cores?

Os dois tons principais são o verde e rosa! Eles estão salpicados por todo o ambiente, não estão tão marcados. Temos muita madeira em várias tonalidades, temos arte, iluminação intimista, objetos de arte e decoração. Além disso, um mobiliário assinado por designers brasileiros muito consagrados. A cor se prendeu ao verde e rosa, e nisso, entrou também o cinza, o preto e tons de madeira.

Como seu espaço foi projetado?

É um ambiente generoso, com mais 200 m², um dos maiores espaços da mostra. Ele era todo compartimentado, com várias paredes, e eu rompi essas paredes. Porém, deixei o registro delas! Então, deixei o recorte do papel de parede, e as marcas dos tijolos. Foi para marcar essa brutalidade e rusticidade que é uma característica do loft, o improviso. Deixar os tijolos à vista, além de uma estrutura metálica que também deixei à vista, não rebaixei o teto com gesso… Então, ao mesmo tempo em que o loft traz sofisticação com papel, tecido e obras de arte, ele também traz uma coisa despojada, descompromissada, sem muito requinte. A ideia é misturar! Para mim, é um espaço que pode ser usado tanto para o masculino quanto para o feminino. Quis deixar isso em aberto, em especial, nesse momento em que falamos tanto em gênero, e principalmente por a cor ser uma identidade de gênero. Eu acho isso uma bobagem! Sabemos que um homem pode usar rosa e uma mulher azul, isso é antigo, mas está tão em alta que a ideia foi essa, não deixar caracterizado que foi pensado apenas para um homem ou apenas para uma mulher.




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