Por Isabela Ribeiro
Rafaella Laranja teve o interesse pela música despertado na adolescência.
Fotos: Acervo Pessoal
Rafaella Laranja costumava ouvir muitas músicas em casa. Com um pai apaixonado por música brasileira, era possÃvel enxergar o talento da cantora desde pequena. Após largar a carreira de advogada, depois de sua primeira apresentação na carreira, a música deixou de ser um hobby e se transformou em profissão.
Você sempre sonhou em ser cantora? Quando descobriu seu talento?
Ouvir música era algo muito comum na minha casa! Meu pai sempre foi um apaixonado pela música brasileira e com certeza essa foi minha primeira escola. Desde muito nova era visÃvel o talento, e então aos 7 anos de idade meus pais me introduziram em aulas de piano. O canto veio um pouquinho mais tarde. Foi na adolescência que o interesse despertou. Então, aos 14 anos de idade, iniciei o curso de canto lÃrico e popular pela Escola Universal da Música, e a partir daà nasce o sonho de ser cantora profissional. Não foi tão simples quanto parece! Resumidamente larguei a carreira de advogada e me tornei cantora profissional! E quer saber? Foi a melhor coisa que eu fiz!
Como começou a sua relação com a música?
Meus pais sempre foram boêmios e, portanto, frequentadores assÃduos de rodas de choro e samba que aconteciam na cidade. Não foram poucas as vezes que ia junto com eles. Apesar dos estudos para desenvolver técnica, foi ali que aprendi a lidar com medos, inseguranças, vergonha e botar em prática o aprendizado.
Onde foi sua primeira apresentação profissional?
Minha primeira apresentação profissional foi no extinto Rádio City Café em São Vicente, em 2005. Um divisor de águas. Neste show a música deixou de ser um hobby e passou a ser uma profissão. Montei um time de músicos renomados e chamei alguns convidados para participação especial! Foi lindo!
Qual seu ritmo preferido de música?
Confesso que tenho uma queda pelo Samba. Digo que fui escolhida. É algo forte, que corre nas veias, que sai fora do controle. O samba tem o lance da divisão, da malemolência, do gingado, do batuque! Enfim… canto música brasileira, mas adoro mesmo é um bom samba!
Quais são as músicas mais pedidas na noite santista?
Ahhhh…. são tantas! Mas tem aquelas clássicas: “O Bebado e a Equlibrista”, “Andanças”, “Tiro ao Ãlvaro”, “Flor de Lis” e “Retalhos de Cetim”!
Quem é Rafaella Laranja quando não está cantando ou fazendo shows?
Sou mãe, esposa, dona de casa, gosto de passear, dançar, ver os amigos, tomar café, pegar um cineminha, viajar! Sou como qualquer outra mulher! Vida corrida, cheia de atribuições, mas a gente sempre dah conta! Ainda bem!
Quais são seus planos para o futuro em relação à música?
Estou totalmente focada no meu primeiro álbum! Depois de 2 anos de muito trabalho, esse filho, feito de forma totalmente independente, será lançado agora no mês de junho no Teatro do Sesc. É um sonho antigo e que, graças a muito esforço e trabalho, está sendo realizado! É a oportunidade de ter um trabalho com a minha identidade, mostrar pro mundo quem é a Rafaella Laranja.
Hoje em dia vemos muitas reclamações de que o povo brasileiro não dá valor à sua cultura. Qual a sua opinião a respeito?
Infelizmente estamos vivendo um momento de inversão de valores. O mercado da música brasileira está decadente, cada vez mais pobre e banal. Esses sons estão dominando o paÃs e aquilo que é bom está ficando em segundo plano. É triste, mas não podemos perder a esperança. Ainda tem muita gente boa, fazendo música de verdade, só precisa ter mais oportunidade pra sair do anonimato. Tenho fé!
Quais suas inspirações e influências na música?
Existem alguns nomes, mas vou resumir em Djavan e Leny Andrade. Gosto do estilo, da personalidade, do carinho com a música, da leveza, do swing!
Você gosta de ser caiçara? Do que mais se orgulha?
Claro! É daqui minha raiz, minha origem! Essa terra é abençoada! O Santista tem simplicidade, é acolhedor! Amo minha cidade!