Da Redação

Dezoito alunos da Escola de Artes Cênicas Wilson Geraldo vão se apresentar nesta quinta (29) e sexta-feira (30), a partir das 20h, marcando a formatura de mais uma turma de atores da Escola, mantida pela Secretaria de Cultura de Santos (Secult).

O público poderá conferir as exibições on-line acessando o perfil do Instagram @abrace_eac. No endereço eletrônico estará o link da adaptação de ‘Macunaíma’, de Mario de Andrade, na quinta-feira, e de ‘Estado de Sítio’, escrito por Albert Camus, na sexta-feira. Os espetáculos têm direção do professor Nei Gomes.

Os espectadores poderão apreciar nos dois dias de formatura o fruto do trabalho que une jovens talentos a um intenso processo de adaptação. Afinal, com o impedimento da realização de espetáculo ao vivo por conta da pandemia, tudo precisou ser reinventado.

O professor Gomes comentou que todas as etapas das montagens foram feitas virtualmente e “dessa forma tínhamos potências a favor e muitas contra, porque em todo o momento do fechamento de uma turma sonhamos tudo diferente, mas fizemos o teatro possível do tempo que vivemos”.

A experiência de levar todo universo do teatro para dentro do ambiente virtual também foi desafiadora para os formandos. Acostumados com o calor humano do público e com toda atmosfera do palco, os novos atores tiveram que se adaptar.

“Foi um desafio muito grande transportar todo o universo do teatro para uma tela. Tivemos que reinventar tudo: cenário, figurinos e a maneira como nos posicionamos em cena”, explicou a formanda Janaina Paiva, de 19 anos.

Outra formanda da turma de 2018 que irá se apresentar nos próximos dias, Natasha Hourneaux, de 26 anos, comentou que a adaptação para formato on-line trouxe benefícios para o aprendizado dela e dos colegas de turma. “Não deixou de ser uma oportunidade de experimentarmos coisas novas. Talvez, o teatro nunca mais seja o mesmo depois da pandemia. Foi um grande desafio, e resistimos”.

Orgulho

A concretização das duas produções deixou a diretora artística da EAC Wilson Geraldo, Renata Zhaneta, muito satisfeita. “Os alunos que se formam agora foram muito guerreiros e levantaram dois belos trabalhos”.

Ainda segundo a diretora, os elogios se estendem também a toda equipe técnica da Escola. “Durante todo esse período em que respeitamos o isolamento social, não deixamos de trabalhar. A EAC não parou, inventando e reinventando caminhos, criando estratégias e formas de criar uma atmosfera de processo teatral”.

Foto: Divulgação/PMS