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Atenção. Não deixe seu professor chamar você de “SEM LUZâ€

Das muitas mentiras que inventam sobre a Língua Portuguesa, uma tem me incomodado em especial. Numa conversa de sala dos professores, descobri que muitos mestres – de forma bem ou mal-humorada – chamavam seus alunos de “sem luz†e ainda culpavam a estrutura da língua! Mas como, gente?

Eles argumentavam que a palavra ALUNO teria sido formada  pelo prefixo A (sem) +  radical LUNO (luz).  Logo, ALUNO significaria SEM LUZ. Oi?

Paciente leitor, trata-se de um absurdo tanto moral quanto linguístico! Sobre a questão moral, deixo as reflexões para os especialistas da área, mas sobre a corrupção da teoria linguística, registro aqui meu grito de protesto. É men-ti-ra!

Do latim alumnus (com plural alumni), ou da forma alumna (com plural alumnae), a palavra ALUNO nomeava “aquele que era alimentadoâ€, geralmente os bebês no período de amamentação, os lactantes. Por extensão de sentido, hoje é aquele que é ensinado; é aquele que recebe o ensino dos que sabem mais.

Portanto, meu amigo, minha amiga, não deixe mais ninguém “apagar†você ou alguém ao seu lado, com essa história fantasiosa.

 Na próxima coluna, falaremos sobre a diferença entre “história†e “estóriaâ€. Até lá!