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Brasil / Economia

Startup de economia criativa movimenta R$ 250 milhões ao ano

Em junho deste ano, um balanço divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o desemprego no Brasil atinge cerca de 13 milhões de pessoas. Muitas delas, sem um emprego formal com carteira assinada, apostam na informalidade, que atinge 24,141 milhões de trabalhadores, com 1,156 milhão a mais do que no mesmo período de 2018.

E com o objetivo de criar um mercado justo que reúna milhares de artesãos e pequenos empreendedores, muitas vezes sem oportunidades no mercado formal, é que nasceu a Rededots, uma startup com fins lucrativos de Social Impact que tem sua própria plataforma digital, lançada em agosto de 2018.

O grupo nasceu como uma comunidade exponencial colaborativa que reúne mais de 300 mil membros em São Paulo e outros milhares em todo o país em subgrupos regionais. Ela cresce, com cerca de 5 mil a 6.500 novos membros a cada mês. “Sabemos que há uma redução drástica nas carteiras assinadas, porém há crescimento expressivo na economia criativa, o que é o nosso caso”, conta Kuki Bailly, CEO da Rededots.

A empresária conta que o grupo é composto em sua grande maioria por pequenos e médios empreendedores nas áreas de moda, gastronomia, arte, design, decoração, audiovisual, terapias alternativas, educação, entre outros. Além disso, explica que o conceito que permeia o grupo é a narrativa e o desenvolvimento de soft skills, empatia e solidariedade.

“Nosso objetivo é conectar talentos e gerar renda. O intuito não é dividir informações, mas multiplicá-las”, diz.

Para ela, os vendedores são protagonistas com voz ativa na comunidade que possui compradores receptivos, que valorizam os produtos feitos pelos pequenos empreendedores e artesãos. “É uma comunidade gigantesca que valida negócios e oferece a audiência necessária para que a compra e venda aconteçam, e para que se multiplique sustentando milhares de pessoas. Vendedores são compradores, e vice-versa. Todos produzem algo que o outro precisa”, explica.

Com uma base composta de mais de 300 mil usuários, uma pesquisa recente feita pelo setor de inteligência da empresa com 859 usuários, apontou que 77% são usuários ativos no ato da compra e venda. Destes, 26% dos integrantes do grupo são consumidores, enquanto 21% são vendedores e existe uma grande intersecção em que 30% dos participantes são ambos. Os 23% restantes estão dentro da plataforma em busca de oportunidades e inspiração.

De acordo com a mesma pesquisa, os usuários fazem cerca de 21 vendas anuais, enquanto chegam a R$ 165 de ticket médio e realizam aproximadamente 3,94 compras anualmente, gerando uma movimentação de R$ 250 milhões (Gross Merchandise Volume) ao ano dentro da plataforma.

Presença multiplataforma

Hoje, a Rededots está presente com sua página oficial e grupo no Facebook, Linkedln, Instagram e também em seu site oficial onde são criadas as lojas em que são oferecidos os produtos e/ou serviços disponíveis, tudo de maneira gratuita, intuitiva e fácil.

E também está lançando a ‘Dotsy’, sua plataforma Power-Up de benefícios por assinatura para os usuários da rede. O site oferece canais de divulgação, promoções especiais e eventos exclusivos.

Para Kuki, as mega-comunidades virtuais são o futuro, pois as pessoas se tornam protagonistas de suas histórias. Diferentemente do modelo de marketplace que é estático e custa caro, com altas demandas em marketing, as comunidades virtuais permitem que os usuários protagonizem suas histórias, dando vida às suas vendas a partir de boas conversas.

“Existe um controle de qualidade muito grande dentro das comunidades virtuais, todo o conteúdo é moderado. Quando você se expõe como pessoa física, mostrando sua história, gera confiança, empatia e segurança. É um aspecto humanizado de fazer negócios”, fala.

A empresária comenta que o maior diferencial de sua comunidade virtual, é o fato de que, além de movimentar a economia e gerar renda, ela é usada para reaproximar as pessoas. De acordo com Bailly, a tecnologia que nasceu impondo barreiras, agora está sendo usada para reconectar uns aos outros.

“Queremos promover crescimento, engajamento e liderança não através de teorias, mas através de experiências vividas, e, claro, queremos trazer a real compreensão do comportamento humano. Não é apenas vender e comprar, é transformar para crescer. Todos juntos”, finaliza.