Trabalhadores da Mercedes-Benz de São Bernardo decretaram greve por tempo indeterminado em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira.
A medida visa forçar a empresa a revogar as demissões na unidade fabril. O número de cortes ainda não foi revelado pela montadora que, no entanto, disse que precisa ajustar o excedente de 2.000 pessoas.
Na semana passada, muitos empregados receberam telegrama convocando-os a comparecer à empresa, no dia 1º, para assinar a rescisão do contrato de trabalho. Na carta, a Mercedes informou que esgotou todas as ferramentas de flexibilidade ao longo dos últimos meses, e que a última proposta aos trabalhadores era a adoção do PPE (Programa de Proteção ao Emprego) – que reduz jornada e salários em até 30%, com complementação de metade da redução no rendimento com dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) – e outras medidas de contenção de custos, que não foram aceitas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Além de serem comunicados da rescisão, os empregados que receberam a carta também foram avisados que, para eles, a licença remunerada – iniciada no dia 7 e que se encerrou ontem para todos os 7.000 das áreas produtivas – foi estendida até o dia 31.