GENEBRA – A OMS passou a considerar nesta terça-feira, 16, todo o Estado de São Paulo como área de risco de febre amarela e recomendou que todos os estrangeiros que façam viagens à região estejam vacinados.
“Considerando o nÃvel elevado da atividade do vÃrus da febre amarela observado em todo o Estado de São Paulo, a OMS determinou que, além de áreas listadas em avaliações anteriores, o Estado de São Paulo inteiro deve ser também considerado como risco de transmissão de febre amarela”, apontou a entidade, em um comunicado publicado nesta terça-feira. “Consequentemente, a vacinação contra a febre amarela é recomendada para viajantes internacionais quando visitando área no Estado de São Paulo”, disse.
O número de mortes por febre amarela confirmadas no Estado de São Paulo desde janeiro de 2017 subiu para 21, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde. Somados, os 11 óbitos confirmados em 12 dias de 2018 são mais que o dobro dos 10 casos relatados em todo o ano passado. Também houve aumento nos casos autóctones (transmissão interna) da doença, que passaram de 29 para 40.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta terça, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que todo o Estado estará vacinado até o fim do ano. “Todos os 45 milhões de paulistas”​, reforçou. “Mas neste momento, temos que priorizar as áreas de risco. São 54 cidades, 15 distritos da capital e quem for viajar”. Alckmin afirmou também que a vacina, ainda que fracionada, tem o mesmo nÃvel de eficácia.
No Estado do Rio, chegou a três o número de mortos por febre amarela. Desde julho, todos os 92 municÃpios do Estado do Rio estão incluÃdos na área de recomendação da vacina, e a campanha de vacinação permanece. A secretaria estadual de Saúde reforça a importância da imunização.
O aumento de casos em São Paulo levou a uma corrida aos postos pela vacina. A população tem chegado de madrugada e enfrentado até seis horas de fila para conseguir se vacinar.
No Brasil, o governo anunciou que começará com a campanha de vacinação em São Paulo, Minas Gerais e Bahia com doses fracionadas.
Segundo o cientista Alejandro Costa, da Iniciativa para a Pesquisa de Vacinas da OMS, o governo brasileiro afirma ter evidências da validade desse imunizante por oito anos. Em São Paulo, a campanha começará em 29 de janeiro, conforme antecipou a coluna Direto da Fonte, do ‘Estado’.
Fonte: Estadão