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Rede Nacional de Artistas Independentes – Parte 2/2

“95% da arte produzida é independente”… é como um iceberg, apenas uma pequena parte do todo pode ser vista sobre a superfície – subentenda-se “mainstream” –, mas há uma quantidade imersa de arte muito maior do que se pode perceber.
Na cena independente isso se mostra verdade pelo fato de o cenário não ser formalizado, muito menos catalogado, diferente do que acontece nos grandes circuitos de shows pelo país, que possuem sites, revistas e agências especializados em unir produtores de shows e artistas de todo o país. Esse infográfico simples pode ajudar no entendimento, veja só:

A parte escondida do iceberg (música independente) , é muito maior do que a parte acima da superfície (mainstream), mas ninguém pode ver.

A parte escondida do iceberg (música independente) , é muito maior do que a parte acima da superfície (mainstream), mas ninguém pode ver.

Logo, uma das maiores barreiras dos artistas independentes é encontrar outros artistas de outros lugares para que se possa trocar informação, público e shows. Acontece que até agora a principal forma de o artista se relacionar com outros artistas tem sido o contato direto. Uns não sabem dos outros além de seu próprio círculo de contatos, então novas conexões não se criam!

Como o principal objetivo da Rede Nacional de Artistas Independentes é a conexão, comecei pelo óbvio, indo atrás dos movimentos de artistas. O interessante é que as ideias e princípios de todos os movimentos que encontrei são bem similares, apesar de estarem tão distantes uns dos outros, ou seja, todos têm a consciência que o intercâmbio entre artistas é a principal ferramenta para alavancar o cenário em busca de uma maior abrangência de público e de mídia e estão abertos para novas conexões.

Você, artista, seja de onde for, se quiser fazer uma turnê com sua banda, saiba que essa cultura de escambo é a forma mais eficiente de viajar que existe até o momento e que esses movimentos são os grandes catalizadores de bandas de suas respectivas regiões. Escolha o local e entre contato com o movimento de lá, converse e ative parcerias, com certeza todos lhe receberão de braços abertos. Os movimentos encontrados até agora são:

#ACenaVive: O coletivo #acenavive nasceu entre 2013 e 2014 no Rio de Janeiro, após um consenso geral das bandas da cidade de que algo precisava ser feito. De lá pra cá muita coisa aconteceu, eles reativaram a principal rádio de música independente, ganharam espaço em casas históricas na cidade e até conseguiram o apoio do lendário estúdio Toca do Bandido, que abriu as portas para essa galera expor suas ideias lá. Nesse ano a ideia do coletivo cruzou as barreiras geográficas e chegou até São Paulo, onde foi muito bem recebida e já tem planos de se espalhar pelo Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Facebook: https://www.facebook.com/acenavivespoficial e https://www.facebook.com/acenaviveoficial

BASE Rock: Através de ações conjuntas a produtores culturais, marcas consagradas no mercado musical e da própria mídia especializada, a BASE ROCK movimenta o circuito paulistano com shows e apoio na divulgação deste segmento.

A iniciativa partiu de 5 bandas paulistanas, Mattilha, SUN, Burlesca, Trezzy e Sioux 66, que no conjunto da obra, são grupos atuantes e comprometidos com a massificação desse movimento.

“Somos a trilha sonora da nova geração. Escute, conheça, propague, ajude na construção deste novo momento do Rock Nacional. Juntos, somos mais!”

Facebook: https://www.facebook.com/baserock.sp
Site: http://www.baserock.com.br/release.html

Gang da 13: É um movimento de bandas de som autoral com o objetivo de promover festivais da nova cena de rock and roll de São Paulo. O evento começou como uma grande brincadeira em 2010, onde os frequentadores da casa The Wall Café, no bixiga, se organizaram em bandas tocando covers variados.

O que era uma brincadeira, se tornou um dos eventos mais populares da cena rock and roll de São Paulo, tendo orgulhosamente aberto espaço para mais de 50 bandas, entre som autoral e cover, e recebido mais de 1000 pessoas nas suas mais de 10 edições.

Facebook: https://www.facebook.com/GangDa13
Site: http://www.gangda13.com.br/

O Clube: Literalmente um clube de bandas, que navegam na contramão da estranha tendência cultural que assola Santa Catarina e o resto do Brasil. Um coletivo de bandas, pessoas que lutam, ouvem, festejam, gritam, saúdam, brindam, martelam, arrastam, amam, odeiam…enfim, que fazem acontecer o que eles acreditam.
Facebook: https://www.facebook.com/oclubesc
Soundcloud: https://soundcloud.com/o-clube-sc

BOI: Associação que teve início no fim de 2014 baseada na união das bandas independentes em prol do som autoral e do fortalecimento da cena regional de Itajaí. As bandas fundadoras do movimento são: Ninguém Sabe, Scarlett, Ou3tórya, Helvéticos, Yellow Box, Silêncio de Chumbo, Estiveback, Comodoro, Supernova Jam, Ruca, Caledonia Fuzz, Velha Escola dos Zorrilhos, Universus, Grr’over, Batêra Turbinada e Casa de Orates.
Facebook: https://www.facebook.com/boirocksc

URRA!: O URRA! (União Resistência Rock Araucariense) surgiu no ano de 2002 através da iniciativa de cinco bandas de rock de Araucária/PR que queriam um espaço maior para divulgação de seu trabalho. Surgido por motivos musicais, logo no início o movimento ultrapassou essa barreira e passou a ser cultural, abrangendo variadas formas de manifestação artística exploradas a fundo em suas produções.
Atualmente o movimento já criou sucursais no em Brasília e Curitiba também.

Facebook: https://www.facebook.com/MovimentoURRA

GuaruRock: É o coletivo de bandas da cidade de Guarujá, que nasceu oficialmente em 2015, mas muitas das bandas presentes já fazem a cena na cidade desde os anos 80 e que agora nesse movimento estão tendo a oportunidade de tocar e interagir com a nova safra de bandas da cidade. O movimento inclui reuniões periódicas, que contam com mais 50 pessoas por reunião.

As atividades do coletivo já somam vários eventos pela cidade e uma coletânea com as bandas envolvidas chamada Rock Fora de Casa e deve ser lançada em breve.
Facebook: https://www.facebook.com/guarurockoficial?fref=ts

Esses foram os primeiros movimentos que encontrei até aqui, mas conforme formos aprofundando a pesquisa, com certeza novos surgirão. Para clarear a visão de todos sobre o real panorama da cena atual, ainda nesse segundo semestre de 2015 esse conteúdo será disponibilizado de forma mais interativa através da Rede Nacional de Artistas Independentes, estamos nessa a todo vapor.

Fiquem ligados aqui na coluna, façam perguntas e entrem e contato (pelo e-mail willer.gomes.carvalho@gmail.com), a participação de todos é fundamental.