Ninguém no meio político estranhou a saída de José Luis de Oliveira Lima, o Juca, da defesa de José Dirceu na Lava Jato. Apesar de ter defendido Dirceu durante quase dez anos na Ação Penal 470, o mensalão, Juca já havia assumido a defesa da Queiroz Galvão e não poderia representá-lo – a empreiteira é acusada de ter contratado o ex-ministro. A surpresa ficou por conta da contratação de Roberto Podval, criminalista que não costuma figurar na lista dos maiores processos políticos e estava ansioso para entrar no clube. A explicação corre à boca miúda: Dirceu precisava de alguém que ainda não estava no caso – e Podval era o único dos escritórios grandes nessa situação. A julgar por seu histórico, a perspectiva não é das melhores.