Todo o mundo está em alerta após os atentados em Paris, capital francesa, que deixou cerca de 128 mortos. As informações ainda são desencontradas, mas, segundo as agências internacionais de notÃcias, foram pelo menos cinco ataques coordenados em diferentes pontos da cidade. As autoridades francesas afirmaram que pelo menos oito terroristas participaram da ação.
Na casa de shows Bataclan, na boulevard Voltaire, no 11º distrito, atiradores fizeram reféns e abriram fogo contra o público que assistia ao show da banda Eagles of Death Metal. Mais de 70 reféns foram mortos. No bar Le Carillon e no restaurante Le Petit Cambodge, na rua Alibert, no 10º distrito, frequentadores foram mortos por disparos. Segundo agências internacionais, foram 14 mortos.
No bar La Belle Equipe, na rua Charonne, também no 11º distrito, atiradores abriram fogo contra os clientes. Ao menos dezenove pessoas foram mortas e há outras 13 feridas. Nas proximidades do Stade de France, bairro de Saint Dennis, no norte de Paris, um ataque supostamente lançado por um suicida ocorreu próximo ao estádio, onde França e Alemanha disputavam uma partida de futebol. Autoridades confirmaram quatro mortos e mais de 50 feridos. Na localidade na rua Beaumarchais foram 7 feridos, sendo 3 em estado grave.
O grupo Estado Islâmico já reivindicou a autoria dos atentados e disse, em comunicado oficial, que seus combatentes, presos a cintos com explosivos e carregando metralhadoras, realizaram os ataques em vários locais no centro da capital francesa que foram cuidadosamente estudados.
Em reposta, o presidente do paÃs, François Hollande, decretou estado de emergência e enviou o exército para patrulhar as ruas nos próximos dias. “As forças de segurança e o exército, a quem agradeço sua atuação ontem, estão mobilizadas ao maior nÃvel de suas possibilidades”, disse Hollande.
Seis mil agentes vistoriam fronteiras e aeroportos. A polÃcia emitiu um alerta, pedindo que os parisienses não deixem suas casas, “a não ser em caso de absoluta necessidade”. Lugares públicos devem reforçar a segurança nas entradas e acolher aqueles que estiverem em necessidade. A polÃcia também ordenou que se interrompam as manifestações e eventos em áreas externas. Em Paris, os hospitais entraram em “Plano Branco”, um estado de emergência e crise, segundo o “Le Monde”. Cinco linhas de metrô tiveram seus serviços interrompidos.
Hollande ainda disse que os atentados da noite de sexta-feira (13) “é um ato de guerra do Estado Islâmico contra a França”. Além disso, Hollande afirmou que os ataques foram organizados “no exterior da França” e que contaram com “cúmplices no interior” do paÃs.
Os lÃderes internacionais também se pronunciaram sobre os ataques e os repreenderam fortemente. Barack Obama, presidente dos EUA, disse em entrevista na Casa Branca: “Esse é uma ataque não apenas contra Paris e o povo da França. É um ataque contra a humanidade e os valores que compartilhamos (…) Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados”. No Twitter, a presidente Dilma Rousseff que está “consternada pela barbárie terrorista”. “Expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês”.
Dilma também falou sobre os dois brasileiros atingidos pelos tiroteio de um dos ataques. “Acompanho a recuperação dos dois brasileiros feridos no bárbaro atentado terrorista em Paris”. Além disso, disse que “ficou feliz” ao saber que um dos jovens não teve maiores sequelas e desejou pronta recuperação a outra vÃtima ainda hospitalizada.
Pessoas correram para o campo para se proteger de possÃveis ataques