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Combate ao cyberbullying depende de respeito às diferenças

Os alunos da rede municipal de ensino de Santos deixam qualquer adulto ‘no chinelo’, quando o assunto é bullying. A prova disso é a estudante Antonella D’Amice, de 10 anos, da UME José Genésio, no morro do José Menino, que, na terça-feira (31), recebeu a visita da equipe do Projeto Cidadão, que desta vez tem como tema “Cyberbullying e Cultura de Paz”. Ao explicar o significado do desenho que estava preparando para o projeto, a aluna disse: “Estou desenhando uma menina, um menino com os cabelos enrolados, uma cega, um cadeirante e um idoso para mostrar que é importante conviver com as diferenças”.
As palavras da criança refletem uma necessidade urgente diante de um problema que, além de ser um fenômeno global, tem aumentado no Brasil: o cyberbullying. Um estudo da Intel Security feito em 2015 com 507 crianças e adolescentes brasileiros, entre 8 e 16 anos, mostrou que a maioria deles (66%) já presenciou casos de agressões nas redes sociais. Entre os menores de 13 e 16 anos, 21% afirmaram que já sofreu humilhações pela net. As agressões virtuais relatadas pelos entrevistados são variadas: piadas sobre a aparência e sexualidade, marcação em fotos vexatórias, exclusão em eventos da turma.
As crianças justificaram o comportamento com três principais motivos: defesa, porque a pessoa afetada as tratou mal; por simplesmentenão gostar da vítima; e para acompanhar outras pessoas que já estavam praticando o cyberbullying.

Foto:(Divulgação)

Foto:(Divulgação)