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Os memes são os famosos virais criados a partir de fotos ou vÃdeos, e também são imagens que podem ser utilizados em contextos diferentes para expressar um sentimento. Além de servir no humor, eles fazem parte de um novo gênero textual, que tem sido utilizado em salas de aula como ferramenta de análise crÃtica.
Para Thiago Braga, professor e autor dos materiais do Sistema de Ensino pH, a inserção dos memes em sala de aula se dá pelo seu caráter crÃtico. “O meme não é só o humor por si só; ele carrega dentro de si uma carga crÃtica, assim como as charges e o cartum. Sua concepção provém do repertório cultural de quem o cria, com percepções históricas, culturais, econômicas e polÃticasâ€, comenta.
De acordo com o professor, o meme é uma linguagem que conjuga textos verbais com textos não-verbais, sendo também trabalhado de forma intertextual, junto a outras frentes como a publicidade, o jornalismo e a literatura. “O meme tem um componente referencial dentro da produção de seu significado. É a reciclagem de produções artÃsticas que ficaram no passado e, dessa forma, é exigido do leitor um certo nÃvel de leitura e interpretação para poder entender o sentido do memeâ€, explica.
Atenção
Por ser muito popular entre os mais jovens, o meme adquire importância dentro do estudo da lÃngua e tem chance de ser relacionado em questões no Enem e os demais vestibulares. Para Braga, o vestibulando deve estar familiarizado com a estruturade todos os gêneros textuais, além de treinar habilidades interpretativas em questões de LÃngua Portuguesa. “O estudante precisa trabalhar no seu cotidiano interpretação e leituras de textos não-verbais, verbais e hÃbridos. Ter o costume da leitura, aliada a uma carga cultural – ir ao teatro ou ao cinema e ler livros – pode ajudar a ampliar o repertório.

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